quinta-feira, 3 de abril de 2008

A Igreja que me afasta, a Igreja de que me afasto

um post que anda em maturação dentro de mim, e que em breve publicarei...
(não perca, num blog perto de si)

5 comentários:

Alma Rebelde disse...

Força Dulce!!!
Estou mesmo a "adivinhar" que as razões são as mesmas que as minhas.
:)
O importante é sabermos e sentirmos que o AMOR do nosso PAI é INFINITÉRRIMOOOOOOOOOO!!!!!!!!!!!!!

Maria-Portugal disse...

Dulce...como é que nos podemos afastar de nós próprios,somos miséria e grandeza,saúde e doença,trigo e joio.

Jesus preveniu-nos que isso iria acontecer mas mesmo assim deu vida a este corpo de membros falíveis,santos e pecadores,somos nós a Igreja.

E só por Jesus poderemos ir ao Pai,que nos chama a sermos cada dia melhores ,para que sejamos mais habitados pela Sua paz.

Fortissimo abraço

Ana Loura disse...

Força mesmo, Dulce. Bem precisamos, para nos mantermos nos lugares onde nos devemos manter. Devemos porque todos nós fazemos aquilo que a Igraja é, pecadora e santa e só poderemos dar contributo se estivermos nela pois "quem está de fora racha lenha". E a Aurora que me desculpa, mas é bom sentir o amor infinito do Pai, mas isso não pode bastar...porque é preciso levar o amor do Pai a quem não o sente não por falta de ser amado mas porque a dor é tão grande q os torna insensíveis ao forte amor do Pai, "Ide e anunciai..." "Fazei isto em memória de mim...", a Fracção do Pão dá-nos força, o Espírito vem a nós e sopra onde quer, mas é na Eucaristia, quando nos reúnimos em nome e por Ele que "Ele está no meio de nós", para além de o devermos reconhecer no rosto dos sofredores, dos espoliados de tudo, dos que nada têm. Vou esperar pelo teu post, sim. Gosto de te ler e espero poder, de alguma forma ajudar-te a não te afastares. Estive afastada alguns anos, demasiados, e apesar dos "defeitos" da nossa Igreja quem perdeu nesses anos todos fui eu. Abençoada a hora em que tive a coragem de dar os passos que dei, as pernas a tremerem, o coração a saltar do peito, em direção ao padre a quem me confessei. Ele em nome de Jesus perdoou-me os pecados, poderia tê-los retido, mas ele sabia que a Misericórdia do Pai é infinita.

Abraço-te um abraço forte, carinhoso que penso ser de alguma forma reflexo do Abraço do Pai

ladoalado disse...

Pelos vistos, as meninas assustaram-se com o leão quando foram enviadas para a arena ou queimaram os pés na fogueira (o que é mais grave)?...rsrs
Estou a brincar, claro, mas agora mais a sério:
Igreja quer dizer Assembleia de fiéis a Cristo, milhões, como "pontinhos" com diferentes cargos oficiais ou sem qualquer outro além de um essencial: amar o próximo até ao limite, como Ele nos amou.
Se te afastas da Igreja, rejeitando-a, também me rejeitas a mim que sou um "pontinho" nessa multidão; rejeitas todos os outros "pontinhos" que têm em comum, como elo de união, fé na mensagem da Palavra e da Vida de um Homem de Nazaré - Aquele que disse "ninguém vai ao Pai senão por mim".
O Amor do NOSSO Pai é por todos e para todos por igual, porque todos somos Seus filhos e ele não rejeita nenhum, mesmo que haja discórdias. Se o Pai é NOSSO, como dizemos, somos uma família de "pontinhos" irmãos.
Como em qualquer família humana, há hierarquia (os grupos de primatas que somos, têm sempre esta necessidade) e nem sempre as pessoas gostam do que alguns membros da família dizem ou fazem. Nesse caso têm o seu direito a discordar, a zangar-se...mas os laços familiares mantêm-se, apesar disso. Porquê? Talvez porque "muito mais é o que os une"...que os motivos (mesmo fortes) que os separam: a raiz comum - sangue, nome, parentesco, quanto mais não seja.
No caso da Igreja (assembleia ou conjunto de todos os crentes)a raíz comum, que alimenta a árvore, é o próprio Cristo.
Vive pois na tolerância para com aqueles de quem discordas (com muita razão, acredito) e contrapõe com a tua inteligência os argumentos necessários. Mas não abandones estes "pontinhos" que te amam - é neles, é em todos nós, que o Senhor mora, enquanto fôr feita a celebração da Sua Páscoa, em Sua memória (porque quem não é lembrado esquece...e quem é esquecido é como se não existisse para quem esqueceu).
Eu não te afasto e desejo muito que não te afastes de nós.

Rui Melgão disse...

Não vou comentar este post sem conhecer com mais profundidade a revolta que sentes... é que neste momento não sei o sentido da tua revolta...