O próprio autor refere que nesta obra de poesia desnuda a sua alma.
Foi esta entrega,já sem defesa,nem salvaguardas numa busca febril de Deus pela alma enamorada, quando a dor e a morte se aproximam que me tornou tão sensível a uma nova forma de escrever de J.Martin Descalzo .
Mais um poema dele:
Vivi,jogando a demasiadas coisas
a viver,a sonhar,a ser um homem.
Talvez nasça ao morrer,ainda que me espante
como nascem,sonhando-se,as rosas
*
Dá-me as tuas mãos misericordiosas
para que o coração se liberte
Diz-me se é certo que ao pensar no Teu nome
as crisálidas se tornem borboletas
*
Sei que os céus estão abertos
e ainda mais aberta encontrarei a vida
Já não seremos nunca mais cativos
Ganharemos,perdendo,a partida
E,já que vivemos,estando mortos
morrendo na luz ,despertaremos vivos
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