segunda-feira, 10 de março de 2008

Aprendamos..


...também a viver no deserto,onde a solidão e o silêncio são um refrigério para a alma,e cuja Presença divina é mais intensiva...

3 comentários:

Rui Melgão disse...

Sim, a presença de Deus é mais intensiva... acho que é porque no deserto não há mais nada do que areia, dunas e o silêncio... No deserto a nossa alma entra numa quietude forçada, no desamparo que sentimos procuramos o amparo, apuramos o ouvido buscando, apuramos o olhar, apuramos todos os sentidos... do fundo de nós buscamos o sentido, não um sentido qualquer, como aconteceria se tivessemos rodeados de agitação e barulho, mas sim o sentido unico, aquele que resta quando não temos já mais nada...

Ana Loura disse...

Não sei se concordo...nem sei se discordo. Penso que Deus se faz presente onde quer que estejamos. Talvez no Deserto estejamos mais sós, como diz o Rui, pela ausência de ruido, mais atentos. Mas acho que a ciência, a sabedoria estará em estarmos atentos no mundo real e lá encontrarmos a presença de Deus, pois Ele está lá de uma forma mais real, mais tangível no que precisa. Esta dicotomia deserto/mundo real, meditação e contemplação/acção confunde-me. No fundo é a dicotomia Irmão Silencio/ Victor. Qual deles ama mais? Qual deles ama melhor? Marta, Maria??? Ambos amam com a mesma intensidade, "apenas" incorporam esse amor de forma diferente. Acho eu, sei lá...

Maria-Portugal disse...

Como seguir o Mestre sem termos espaços de deserto...como seguir o Mestre sem partilhar o que recebemos ?.
No final é o exercício necessário do mandamento supremo...conciliar imprescindívelmente as duas faces do Amor !